Leveza

Ontem, 4 de junho de 2011, fechei minha semana de treinos para a 5ª Meia Maratona de Foz do Iguaçu. Em virtude de um compromisso que assumi com a Igreja na última hora, foram apenas 17 mil metros, em frequência cardíaca leve. Coisa de amador mesmo.
Fiz isso no Parque dos Pioneiros (Bosque II), local que elegi, para as minhas condições, como o melhor para treinar, por diversas razões: fica próximo de casa; o tamanho do percurso é razoável (3.400 metros cada volta); posso passar pelo meu carro para pegar água, isotônico ou carboidrato gel; é bem movimentado e seguro; nas horas de sol mais quente tem longos trechos na sombra, etc.
Não tem um lago bonito que se possa ver, como o Igapó de Londrina, onde corri a Tecnosport.
Entretanto, para mim é como um santuário, pois foi ali que comecei as caminhadas e os primeiros trotes. E aquele lugar tem um amanhecer e um anoitecer muito bonitos. 
Ontem à tarde, o sol fraco de inverno dava um tom bem nostálgico, ideal para refletir e relaxar. Os raios atravessavam a parede de folhas e iluminavam os macacos que vivem por lá e as crianças esfuziantes que os observavam. Pareciam deixar mais lentos os casais que passeavam com seus filhos, ou até mesmo os corredores e triatletas que ali treinavam.
Volta ou outra encontrava um conhecido, mas não é hora de conversa. No máximo um aceno ou um olá, o que permite uma introspecção ainda maior, quase impossível de ser ter com falação.
Quando retornava para casa, fiquei pensando em como seria bom se aquela sensação de bem estar se prolongasse por todos os dias. Quem corre sabe do que eu falo. Você termina o treino e sai leve, de bem com a vida. Não há erro no trânsito que nos tire do sério. Nos tornamos capazes de relevar tudo.
Não é à toa que muitos resolvem os problemas mais diversos durante ou logo após uma corridinha.

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