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Coroa

" And if you have a minute why don't we go Talk about it somewhere only we know?"  (" Somewhere Only We Know" - Keane ) Eu sinto os meus anos pesarem sobre minha cabeça, numa coroa em forma de escolhas. Escolhas podem ser espinhos que colho. Ou acolho? Talvez mais frequentemente são espinhos porque as acolho assim, ainda que em forma de semente, sem disso ter consciência. Ah, como eu queria ter controle sobre isso e desprezar essas sementes antes que cresçam e se tornem espinhos. Será que existe um lugar em que eu possa fazer essas escolhas, a fim de evitar esses espinhos dos quais eu não consigo me livrar? Será dentro de mim? Mas, agora, lá eu encontro apenas os espinhos que eu já colhi.

Desculpe-me, Amy.

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Difícil dizer, mas acho que faço o que faço profissionalmente porque sou assim: gosto de olhar para os fatos consolidados no tempo. Minha profissão exige isso. Talvez a segurança venha pela sensação de que não podem mais fugir ao meu controle, embora eu também não possa mais, em muitos casos, absorver toda a integridade e a verdade desses acontecimentos passados. Isso repercute em mim, pois torna maior o desafio de correr riscos. No campo musical não sou diferente. Demoro mais do que a maioria para gostar de determinado cantor ou música na grande parte das vezes. De plano, não gosto, mas depois passo a gostar. Maluco? Não sei. Talvez isso se deva por estar aberto a influências externas. Muitas vezes começo a ouvir a partir da experiência musical da minha família, afinal, especialmente os filhos estão sempre acelerados nesse campo. A influência de filmes, amigos assoviando ou o som que toca na academia na hora do treino também contam. Muito. O devagar nesse ponto sou eu mesmo, embor

A vingança

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Quando eu era pequeno, lembro-me de ter medo de homens de barba. Sei lá o porquê disso, mas tinha. Era ver um amigo dos meus pais ou parente com barba e lá desatava o guri a chorar, colocando meus genitores em estado de puro constrangimento. Atualmente, em Sagrada Barba Barbearia Na adolescência, minhas lembranças me dizem que aos quatorze anos retirei os primeiros vestígios de bigode, o que fiz "pegando" emprestado o "duas lâminas" do meu pai. Talvez a memória dos primeiros anos de vida clamassem por uma resposta à altura: "retirarás todo o pelo do rosto". Ao invés de perguntar pro velho sobre a "parada", parti logo para a execução e sinceramente não sei como algo não deu errado e não me cortei. Passados os anos, juventude e idade adulta vieram, e o ritual se repetia, às vezes diariamente, o que convenhamos é um exercício de disciplina e tanto, na maioria das vezes imposto por questões profissionais, afinal, certas pessoas que formam as