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A companhia

Vou ao mercado e ela está lá. Não tem rosto. Segue-me em todas as prateleiras. Passo no caixa e, apesar de não ter pego nada a não ser eu, ela passa também.  Dirijo-me ao açougue e lá vai ela. A atendente, que tem o nome de uma prima, Ana, e jeito que parece estar sempre em paz, me  atende com a educação  de sempre, mas isso mostra que ela está lá também.  Tristeza, tantos lugares  em Maringá e você insiste em me seguir? Hoje é sexta. Quero não pensar no passado e nem nas decisões a tomar. Quero rir como ontem, na casa dos meus pais, daquele modo que eu nem mais lembrava como era, mas foi tão gostoso. Tristeza, não gosto de ser rude, embora o seja às vezes, mas, por favor, não quero sua companhia.