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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

O enforcado, Paolo Rossi e a educação

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Como tenho deixado claro, aprendi a gostar de Minas aos poucos. A divergência de culturas assustou-me um pouco no início. Também, não é para menos, pois não estava acostumado a ouvir risada do meu sotaque paranaense, especialmente no que se refere à pronúncia de palavras como porta, bar, parque. Com um tempo, contudo, isso foi passando, até porque crianças assimilam fácil sotaques diferentes e meu "jeitimdifalá" foi ficando cada vez mais mineiro, como também o gosto por algumas coisas como pão de queijo, museus, e "causos", entre tantas. Penso até que aprendi a gostar de couve lá em Minas, embora tenha demorado para perceber isso. Deve ter ficado no inconsciente, porque não queria nem ver a tal folha verde, que só depois de muitos anos passei a apreciar. Lagoa Dourada tinha também uma forte expressão religiosa, marcadamente católica. As procissões eram, e penso que ainda são, magníficas. Por ser uma cidade pequena, as ruas eram fe

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Independência do Brasil (no destaque  ao fundo, meu pai, "Seu" Oscar) Enquanto ainda morávamos em Resende Costa-MG, visitamos algumas vezes a cidade de Lagoa Dourada-MG , porque lá era gerente do Bamerindus um colega do meu pai, de nome Benedito, e sua família, a esposa Sônia e filhos, Charles e Fábio. Eles também chegaram a Minas vindos do Paraná na mesma época que nós, por isso as duas famílias compartilhavam as descobertas e as saudades. Ao final do ano de 1980,  tivemos a notícia de que nos mudaríamos novamente, desta vez para Lagoa Dourada. Não que isso nos agradasse muito de imediato, pois já estávamos acomodados em Resende Costa. Independência do Brasil (no destaque  à esq., minha mãe, Antonia É aí que eu digo que as mudanças, fizeram muito bem a mim. Sem que eu soubesse, ensinaram-me a sair da minha área de conforto e forçaram-me a aprender a necessidade de adaptação a situações inesperadas e a enfrentar meus medos. Desfile Cívico de 7 de Setembro. Meu

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Não é porque completei 40 anos agora em janeiro, mas acredito sinceramente que manter o meu passado vivo na lembrança é uma forma de estar consciente da totalidade do meu ser. Meu pai (Oscar). Ag.Resende Costa Meu pai aposentou-se como bancário e foi gerente de agência durante um bom tempo, o que fez com que mudássemos constantemente de cidade, até os meus quinze anos, quando fixamos residência em Maringá. Dias atrás, veio-me a ideia de, aproveitando a maravilha que é a internet, procurar no Google Earth locais onde morei. Encontrei dois, bem distantes de Maringá: Resende Costa e Lagoa Dourada, ambas cidades mineiras, próximas a São João Del Rei-MG. A mudança para Minas foi difícil. Meu pai perdera a mãe há pouco tempo e a perspectiva de ficar longe dos pais não era muito animadora para a minha mãe. Mas, enfim, tínhamos que comer e lá fomos nós, de raízes paranaenses, desbravar as Gerais. Rua Central (na época) Resende Costa Estranhamos muito no começo. Os hábitos, a arquite