Mais de Minas

Independência do Brasil (no destaque 
ao fundo, meu pai, "Seu" Oscar)
Enquanto ainda morávamos em Resende Costa-MG, visitamos algumas vezes a cidade de Lagoa Dourada-MG, porque lá era gerente do Bamerindus um colega do meu pai, de nome Benedito, e sua família, a esposa Sônia e filhos, Charles e Fábio. Eles também chegaram a Minas vindos do Paraná na mesma época que nós, por isso as duas famílias compartilhavam as descobertas e as saudades.
Ao final do ano de 1980,  tivemos a notícia de que nos mudaríamos novamente, desta vez para Lagoa Dourada. Não que isso nos agradasse muito de imediato, pois já estávamos acomodados em Resende Costa.
Independência do Brasil (no destaque 
à esq., minha mãe, Antonia
É aí que eu digo que as mudanças, fizeram muito bem a mim. Sem que eu soubesse, ensinaram-me a sair da minha área de conforto e forçaram-me a aprender a necessidade de adaptação a situações inesperadas e a enfrentar meus medos.
Desfile Cívico de 7 de Setembro. Meu
irmão Luciano (Visconde de Sabugosa)


Viemos para o Paraná, sedentos por contar as novidades todas daquele ano, e, ao final das férias de Janeiro, lá fomos nós novamente, para morar na mesma casa em que havia residido a família nossa amiga, que fora transferida para uma cidadezinha do interior do Estado do Rio de Janeiro.
Em Lagoa Dourada, moramos de 1981 a 1983, que para mim também foram anos muito felizes, apesar da distância dos nossos familiares que ficaram no Paraná. Olhando as fotos de lá mais recentes, parece que volto no tempo e me desloco na grande distância que nos separa.
Lá fiz o "Quarto Ano Primário" (Quarta Série), na Escola Angelina Medrado, no período vespertino. Infelizmente, dessa escola, não consegui descobrir foto atual pela internet, fosse em sítios ou blogs. Pena. Morávamos em frente à escola, bastava atravessar a rua. Isso garantiu-nos, a mim e a meu irmão, a regalia de receber o lanche diretamente das mãos carinhosas de nossa mãe, pois o pátio do recreio ficava a menos de dez metros da nossa casa. Que beleza! 
Desfile Cívico de 7 de Setembro.


























Nesse pátio havia duas árvores enormes que serviam de traves e lá eu brincava de bola com a molecada na hora do recreio. Terminada a aula, quando todos iam embora, eu, meu irmão e os amigos da vizinhança, o Lúcio, Vanderlei, Almir, Tiãozinho e outros, pulávamos a grade do muro e partíamos para brincar mais um pouquinho. Se eu tivesse talento para futebol, teria ido longe.
Infelizmente, a voracidade implacável do tempo fez-me esquecer o nome das minhas professoras naquela escola, especialmente a regente do 4º Ano, o que não diminui em nada a gratidão deste ex-aluno. Ainda bem que as poucas fotos da época ainda estimulam a memória.

Desfile Cívico de 7 de Setembro.
Olha eu aí.
Ô bandeira pesada...



No correr daquele ano de 1981, minha mãe colocou-me na catequese. A Matriz não era lá muito perto de casa. Contudo, adaptei-me ao percurso, com a ajuda dos próprios colegas de classe, que já haviam feito a Primeira Comunhão. Nesse quesito eu estava meio atrasado. Primeiro, lá eles faziam a primeira comunhão em idade mais tenra. Segundo, nossas andanças acabavam dificultaram um pouco a minha educação religiosa formal, porque a fé meus pais transmitiram desde cedo.   

Em plena ditadura militar, os desflies de "Sete de Setembro" eram eventos de suma importância, até porque as opções de cultura eram mais reduzidas. Os alunos eram preparados com bastante antecedência e com muito esmero. O dia era uma festa verdadeira. Naquele ano, tive honra de portar a Bandeira do Brasil. Chique, não?
Minha Primeira Comunhão
Mas, naquele ano, os eventos mais marcantes para mim foram mesmo dois: a "Formatura" do 4º Ano Primário e a Primeira Comunhão. Lembro-me de ambos, em dias distintos, na Igreja Matriz, sempre com a celebração religiosa sob a presidência do Padre José Hugo, que, descobri agora, completou, em 2005, 50 Anos de Sacerdócio.    

Na Primeira Comunhão, além do crescimento espiritual e da compreensão das primeiras lições do que é ser igreja que o desenvolvimento propiciou, tivemos uma surpresa especial. Ao final da celebração, fomos convidados para uma sala anexa, onde foi servido um fantástico café da manhã, onde não faltou a tradicional broa de milho,  bolinhos de polvilho e, é claro, pão de queijo. Deve ter sido servido também o delicioso rocambole de Lagoa Dourada, naquela época ainda não tão divulgado, mas que hoje em dia tem direito a festa exclusiva na localidade.

Marina,
minha professora do 4º Ano, e eu

Minhã mãe, eu e meu pai (ao fundo, Pe. José Hugo)
Concluído o ano, tive que encarar nova mudança, pois para a "Quinta Série" tive que me transferir outra escola, na mesma cidade, daí a importância que se atribuída na "Formatura" e nisso havia mais um dos rituais de passagem: ele separava as crianças dos adolescentes e jovens. 
 Assim, lá fui eu para a Escola Estadual Abeilard Pereira, sobre a qual falarei depois, num último post sobre minhas lembranças de Minas, para não cansar os generosos leitores que suportam o que eu escrevo.


P.S.:  Encontrei o Boletim da 4a. e pude confirmar o nome da professora: Marina. Vejam:


Comentários

Unknown disse…
Oie, adorei o texto! Parabéns... até parece que vivi isso também, talvez seja porque todo mundo aqui em casa comente essa fase transitória de vocês... beijo grande! ;*
Ei wellington!!
Todo mundo fala que eu pareço com ela rsrsrs..
aki.. esse é o meu blog http://ensine4kids.blogspot.com/
aquele outro que vc está seguindo não deu muito certo rsrs
um bom domingo para vc, abraços!
Arlen Resende disse…
boa tarde wellington, me chamo Arlen, sou resende costense, andei olhando suas fotos, mais antigas da cidade, gostaria de sua permissão de coloca-las no site que estou fazendo sobre resende costa. meu email é arlenaraujo12@yahoo.com.br, caso queria conversar mais, me passar artigos essas coisas, caso tenha msn tbm pode me adicionar em arlenaraujorsende@hotmail.com
abraços