Deslizes de um formando adolescente. (Parte I)
Às vezes sentimos como se o tempo não tivesse passado, de tão nítidas perduram algumas lembranças. Outras, não se sabe o porquê, perdem-se. Não por serem menos relevantes, mas escapam e são difíceis de recuperar. Paciência, v ão-se as espinhas e vêm as rugas, e mesmo da roupa velha sempre sobram alguns retalhos. Depois do acidente com o braço que relatei , parece que o resto do ano de 1985, como se diz, voou. Lembro-me, contudo, que com muitas dificuldades e ajuda de nossos pais e de pessoas da sociedade local, nossa turma da Oitava Série do Colégio Estadual Professor João Farias da Costa teve uma cerimônia de formatura em Nova Cantu-PR, em dezembro de 1985. Coisa simples: missa, cerimônia e um modesto coquetel. As recordações me veem um pouco confusas , enfraquecidas, e consigo lembrar apenas de alguns fatos, além dos que as imagens registram, talvez por serem comuns em tais ocasiões: o desconforto de ser obrigado a usar uma roupa mais formal, a ansiedade, as dúvidas quanto ao