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Mostrando postagens de novembro, 2011

Deslizes de um formando adolescente. (Parte I)

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Às vezes sentimos como se o tempo não tivesse passado, de tão nítidas perduram algumas lembranças. Outras, não se sabe o porquê, perdem-se. Não por serem menos relevantes, mas escapam e são difíceis de recuperar. Paciência, v ão-se as espinhas e vêm as rugas, e mesmo da roupa velha sempre sobram alguns retalhos. Depois do acidente com o braço que relatei , parece que o resto do ano de 1985, como se diz, voou. Lembro-me, contudo, que com muitas dificuldades e ajuda de nossos pais e de pessoas da sociedade local, nossa turma da Oitava Série do Colégio Estadual Professor João Farias da Costa teve uma cerimônia de formatura em Nova Cantu-PR, em dezembro de 1985. Coisa simples: missa, cerimônia e um modesto coquetel. As recordações me veem um pouco confusas , enfraquecidas, e consigo lembrar apenas de alguns fatos, além dos que as imagens registram, talvez por serem comuns em tais ocasiões: o desconforto de ser obrigado a usar uma roupa mais formal, a ansiedade, as dúvidas quanto ao

Novidades

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Minha esposa estava cansada. Já não atendia às suas necessidades. Resolveu trazer um mais novo para a cama. É difícil depois de tantos anos acostumar-se com tamanha novidade. Essa coisa de modernidade às vezes causa certa confusão, não é? Fica aquela impressão de traição. Relutei um pouco é verdade, mas acabei aceitando; afinal, as expectativas mudam com o passar dos anos e é preciso abrir-se a novas experiências.  Confesso que para mim também não estava nada legal. Algo ia mal em nossa cama e eu também estava sendo prejudicado. Percebi que precisava da novidade, após tantos anos. Decidi, apoiado em relatos de outras pessoas, que o número um era pouco, dois era bom, mas três podia fazer a diferença. A primeira noite foi estranha. A Leila sentiu-se desconfortável, conforme me confidenciou. Não sei não, talvez deseje deixar tudo como estava. O velho talvez atenda melhor suas necessidades do que ela imaginava. De minha parte, também tive dificuldades, mas admito  ter gostado. Senti

Ao redor de uma panela de arroz

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Muitos se perdem atrás de sofisticações e se fecham no seu mundo próprio, inviabilizando sinceras amizades e o crescimento enquanto família. Pensando nisso, vejo que o bom da simplicidade é que ela ensina a ser feliz com pouco, especialmente se esse pouco for vivido com muito amor e dedicação. Tendo isso por base, bastam uma panela de arroz e alguma mistura e pronto: divertimento certo. No domingo dia 13 de novembro, nosso Grupo Paulo VI do Movimento Familiar Cristão (MFC) comemorou com as famílias os aniversários de casamento do último trimestre do ano. A exemplo das anteriores, a dedicação da Coordenação, auxiliada pelo empenho de outros, propiciou uma homenagem divertida e sincera, com efetiva participação das famílias. Nem a chuva, que obrigou a mudança de local e de planos, conseguiu impedir o evento, cujas brincadeiras envolveram também, como sempre, as crianças e os jovens. A inspiração temática ficou por conta de uma festa "havaiana". Infelizmente,

Confraternização

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Domingo tivemos a tradicional confraternização de fim de ano dos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística da Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe. Ocorreu no Armazém Eventos . Com a presença de muitos ministros e ministras, foi muito legal. Pena que a chuva e a concocorrência com o Hallel apressaram um pouco as despedidas, embora não tenham atrapalhado a disposição de algumas crianças (dentre elas as minhas) de entrarem na piscina. À Coordenação, o nosso muito obrigado pela dedicação durante todo o ano.

A autêntica dor de cotovelo

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O local da dor, para quem não conhece. Quando levantei, senti aquela dor à qual me referi em " A missão ". Olhei para o braço direito e vi que estava fora do lugar. Deu aquela tontura e a dor parece ter ficado ainda mais forte. Claro que eu não imaginaria enfrentar aquilo, até porque minha passagem por Nova Cantu seguia, digamos, normal para um adolescente. Saíamos do colégio e, como a cidade era pequena e sem "perigos", parávamos em frente à casa de algum amigo ou amiga pelo caminho e conversávamos sobre o nosso mundinho até o sono bater. Ríamos, comentávamos os fatos mais interessantes da vida estudantil, os que se passavam à beira da piscina, confidenciávamos nossos sonhos. Naquela época, além dos irmãos Bueno, eu conversava muito com o Gringo, a Liliana, a Rosângela, a Iria, a Wanda, a Simone, dentre outros que já citei antes. É claro que já rolavam uns namoros, inocentes perto de muitos de hoje, mas o importante, e o que ficou mesmo acima de tudo, foram

Aventura ígnea

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O silêncio daquele motor não lembrava em nada o barulho que faziam o Fusca vermelho e a Belina bege, os dois carros que meu pai tinha na época. O primeiro para os vários deslocamentos que ele fazia às propriedades rurais locais e a segunda para  nossos passeios. Mas ali, dentro do carro do Prefeito, um Scort, além de estar deliciado por andar em um veículo novo, eu aguardava ansioso o retorno a Nova Cantu. Não me lembro como foi o convite, porém sei que aceitei ir a Campo Mourão-PR para uma solenidade da Semana da Pátria, onde buscaríamos uma espécie de "tocha olímpica", cujo fogo acenderia uma pira, em  Nova Cantu, na comemoração cívica. Para falar a verdade, também não me lembro em quantos fomos no carro, a não ser eu, o Prefeito Walmick Pereira e um de seus assessores. Tenho registro de que, no final da empreitada, estavam, além de nós, a Rosângela, o Jocimar e a Valneide, todos adolescentes amigos meus. Em Campo Mourão, as equipes estavam todas de agasalho e