Revezando

Quanto mais o tempo passa, mais consigo compreender por que tantas pessoas aprendem a gostar de correr. Não é somente em função da saúde física, para aumentar os níveis de colesterol bom e coisas do gênero. É muito mais pelo bem que faz à mente. A atividade exige, ao mesmo tempo, concentração e relaxamento. A primeira, para não perder o foco de alguns cuidados, como objetivo (rodagem, rapidez), frequencia cardíaca, hidratação, etc.. O segundo, porque nos permite alguns momentos de contato com o nosso corpo, a nossa expressão física, mas vai além, garante que se esqueça, ainda que por alguns minutos preciosos, coisas que nos afligem e nos pertubam. Ela coloca ordem na nossa mente, a ponto de curar pessoas, inclusive de depressão.
 Divagações à parte, dia 29 de agosto passado participei da minha primeira prova de revezamento, a "VII Maratona de Revezamento Vanderlei Cordeiro de Lima – Pare de Fumar Correndo", aqui em Maringá mesmo, por uma das três equipes da Academia Clinisport. Ter oportunidade de ver o Vanderlei correndo já é contagiante, não só pelo quanto ele elevou o nome de nosso país, mas sobretudo pela pessoa carismática que é. Quanto à prova, em tempos passados, ouvia falar dela e não compreendia o quão divertido era participar, pois correr 5 km era uma tarefa impossível na minha condição. Mas é superlegal.
 Vi pessoas de TODAS AS IDADES correndo, cada uma no seu ritmo, perseguindo o seu objetivo, fosse ele qual fosse. Uns corriam para ajudar, de última hora. Alguns correram por duas (!!!) equipes. Outros queriam performance. Até quem não correu destacou-se, como uma senhora que, entre o quarto e o quinto quilômetros, dava uma "ducha" nos corredores com a mangueira de seu jardim. Gesto misericordioso, fantástico, especialmente num dia de umidade relativa do ar baixíssima e quente, muito quente. Ao final, TODOS saíram vencedores. Acredito que até quem não conseguiu terminar a prova por exaustão venceu, afinal, deve ter compreendido a necessidade de um cuidado mais sério com a própria saúde e  de uma preparação adequada.
 No meu caso, além da diversão, tive a satisfação de ver a minha esposa Leila correndo. Treinar com ela um único dia já havia sido muito legal. Vê-la correndo, apesar da minha preocupação com as condições climáticas desfavoráveis, não posso negar, encheu-me de orgulho. Não a convidei, tinha medo da resposta. Felizmente, o pessoal da Academia tomou a iniciativa e ela topou. Espero que ela siga adiante e que possamos, também na atividade de correr, seguir juntos, sempre.
 Agradeço a Deus, pela oportunidade, à Leila, pelo incentivo e pelo exemplo de coragem, aos professores da Clinisport (Léo, Marcelo, Ana) e a todos os colegas da Academia pela camaradagem. Se Deus quiser, ano que vem tem mais.

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