Catequisar

Para início das conversas, e espero que sejam muitas, vou falar sobre os catequistas e sua árdua tarefa de evangelizar na minha Paróquia (Nossa Senhora de Guadalupe, em Maringá-PR).
Para registro histórico, preciso dizer que, depois de um período de rebeldia na juventude, retornei à Igreja que meus pais me ensinaram a amar para, como muitos, casar... É... casar...
No entanto, Deus me pregou uma peça. Colocou no meu caminho uma senhorinha muito querida chamada carinhosamente de Lúcia que, na sua simplicidade, e juntamente com outras duas guerreiras, Marlene e Cidinha,  fisgaram a mim para a Igreja novamente, além de esclarecer e mostrar a Igreja viva para a Leila, que vinha de uma família tradicionalmente ligada a outras denominações cristãs, com um monte de falsas ideias e (pre) conceitos sobre a Igreja Católica.
As três catequistas nos colocaram (a mim e à Leila), na vida adulta de católicos. Tiraram-nos o véu da ingenuidade e nos fizeram, com isso, amar e reconhecer na Igreja uma forma magnífica vivenciar a fé em Jesus Cristo. Mostraram tamanho empenho em sua tarefa que nos contagiaram.
Agora, anos (e muitos tropeços) depois, ambos prosseguimos com a vida em comunidade, mas a Leila continua no Ministério Catequético e eu muito me orgulho disso.
Minha esposa está na linha de frente da continuidade da nossa fé, assegurando que, com seu trabalho, nossos filhos aprendam a conhecer e a amar também a esta Igreja, que pode não ser a única (e nem a melhor para alguns), mas que é a que nós amamos, pois nos leva a conhecer e a amar a Jesus Cristo.
Contudo, vejo com tristeza como as pessoas ignoram o trabalho árduo das catequistas, coordenadoras e formadoras para buscar o atendimento dos próprios interesses. Todos querem catequese no horário que atenda melhor aos seus interesses, no dia que melhor lhes convém. Um certo senhor foi fazer a inscrição para este ano no último dia (depois de um mês de inscrições!!!) e chegou "botando banca", dizendo que ele trabalhava (como se todos os que dão catequese não trabalhassem, fora e/ou em casa) e que por isso não veio antes e que, se desse, viria na reunião de pais. Ficou bravo ainda porque não tinha vaga para a turma que ele queria colocar sua filha (mas o cara foi no último dia, depois que todas as turmas estavam completas!!).
Ora, como acontece com a escola, os pais querem jogar a culpa na Igreja, na catequese, nos catequistas, mas não querem assumir a própria responsabilidade de educar os filhos na fé. Deixam tudo para a última hora. Cada dia fica mais difícil. A idade da rebeldia (e dos conflitos) chega e se os pais não derem o exemplo aos filhos frequentando a missa e tomando posse da alegria de ser cristão desde cedo, a tarefa dos catequistas será cada vez mas árdua.
Tenho a plena certeza que o êxito daquelas três que mencionei acima, além do amor e da dedicação delas, foi plantado pelos meus pais, e também pelos pais da Leila, que nos mostraram um mínimo de respeito pela FÉ.
Pobres pais que esquecem do ditado: "Ensine ao seu filho o caminho da igreja e não precisará buscá-lo na cadeia".
Senhor Jesus, proteja e inspire a todos os catequistas. Amém.

Comentários

Unknown disse…
parabéns pelo artigo. Um abraço. Pe. Valter